4 Dicas Para Negociar Dívidas de Cartão de Crédito

No momento econômico em que vivemos, o consumidor vem se endividando cada dia mais. A desorganização financeira e a ausência de planejamento são dois motivos para o acúmulo de dívidas, e o cartão de crédito contribui muito para essa situação. Mas até o devedor tem direitos! Por este motivo, separamos 4 dicas para que você possa negociar dívidas de cartão de crédito sem abrir mão dos seus direitos de consumidor.
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Organize seus gastos
Para saber o valor total da dívida, o consumidor deve organizar as finanças antes de começar a pagar. É nessa hora que se considera o percentual dos juros e o valor da parcela que cabe no orçamento mensal. Uma dica válida é priorizar quais as dívidas têm maior urgência, como aquelas relacionadas à sobrevivência (água, luz, alimentação etc.).
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Fique atento aos juros!
Os juros podem encarecer bastante o valor da dívida, motivo pelo qual, após priorizar os gastos básicos, é preciso pegar as dívidas com maiores taxas de juros.
Ao negociar dívidas de cartão de crédito, você deve avaliar qual o limite de juros cobrado pela operadora.
– Juros de Mora
Os juros de mora podem ser cobrados ainda que não constem no contrato, mas as taxas devem ser de 1% ao mês. Quando há previsão contratual, o banco ou a financeira não pode impor percentual acima de 2% ao mês. Se a operadora do cartão está cobrando juros acima dos percentuais mencionados, a cobrança será abusiva, e o valor cobrado a mais deverá ser devolvido em dobro.
– Juros remuneratórios (Rotativo)
Além dos juros de mora, existem os juros remuneratórios, conhecidos como Juros do Rotativo, devidos sempre que o consumidor não efetua o pagamento do valor total da fatura. Sempre que o consumidor efetua o pagamento do valor mínimo do cartão, ou o pagamento parcial da fatura, ele contrata uma operação de crédito. Na prática, o Banco lhe empresta dinheiro para quitar a fatura do cartão e cobra juros por isso. Esses juros podem ser bastante elevados e, ao contrário dos juros de mora (devidos em razão do mero atraso no pagamento), os juros do rotativo não possuem um limite pré fixado na lei, podendo passar de 200% ao ano. E tal prática, infelizmente, é lícita, valendo o que foi ajustado entre o consumidor e o Banco quando da contratação do cartão de crédito.
Por essa razão, fique atento antes de utilizar o cartão e evite efetuar o pagamento mínimo. O ideal é que você só gaste no Cartão de Crédito aquilo que pode pagar. Pagar a fatura integral no final do mês é a garantia de que você não será vítima de juros exagerados e sinal de educação financeira.
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Não deixe a dívida se acumular
Ao contrário do que muitas pessoas pensam, a dívida do cartão de crédito não prescreve após 5 anos. O que acontece é que os órgãos de proteção ao crédito só podem manter um nome no cadastro de inadimplência por dívidas por até 5 anos. Após esse prazo, o nome é retirado, o que não significa o fim da dívida, que sempre existirá em relação à operadora de cartão de crédito.
E mais: não é incomum que a administradora do cartão ingresse na Justiça no caso de dívidas muito altas. Caso ela ganhe a causa e o devedor não pague, a Justiça pode mandar penhorar os bens até atingir o valor da dívida do cartão de crédito.
Por isso, assim que o planejamento estiver pronto, entre em contato com a empresa.
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Entre em contato com a central do cartão de crédito
Após entender as melhores opções, considerando seu orçamento mensal e os juros, entre em contato com a central de cartão de crédito para negociar sua dívida com o setor financeiro. Ele deverá informar o custo efetivo da dívida, que inclui juros, encargos, taxas e impostos.
O parcelamento proposto pela operadora, no momento que se paga o valor mínimo da fatura, pode não estar adequado a suas possibilidades. Por isso, faça uma proposta dentro do seu orçamento – e possível.
Se não conseguir acertar as condições com a operadora, o ideal é procurar auxílio jurídico junto aos órgãos de defesa do consumidor, como Procon. Você pode conseguir um acordo em que faça o pagamento por parcelas mensais fixas, o que facilita seu planejamento.
Uma saída que pode ser viável é pegar um empréstimo, com juros menores do que o do cartão, para quitar a dívida do cartão de crédito à vista. Normalmente, as operadoras oferecem um desconto expressivo para o pagamento à vista.
Negociar dívidas do cartão de crédito é um direito do consumidor que deve ser exercido sempre que o planejamento financeiro sair do controle. Na dúvida, tenha auxílio profissional para que não passe por cobranças e situações abusivas por parte das operadoras. E não se esqueça de se inteirar sobre as novas regras do cartão de crédito!
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Bom dia! Muito obrigada pela informações. Este blog é muito útil e esclarecedor, com uma linguagem de fácil entendimento. Parabéns aos responsáveis!